Plutão foi descoberto em 1930 pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaught, e desde então passou a ser mais um integrante planetário do nosso sistema solar. Hoje, Plutão é classificado como um "planeta anão", e o sistema solar está repleto de outros planetas anões. Plutão situa-se numa região conhecida como "cinturão de Kuiper", região esta ocupada por inúmeros corpos de variados tamanhos e formas. Em 1978, foi descoberto "Caronte", que é a maior lua de Plutão, e, com o passar do tempo, descobriu-se que Plutão é acompanhado por mais quatro luas, que são, a saber, Estige, Nix, Cérbero e Hydra. Diferentemente dos planetas do sistema solar, Plutão orbita o Sol em uma órbita muito excêntrica e inclinada, e isso faz com que em determinados momentos Plutão fique mais perto do Sol do que Netuno, considerado como o último planeta. No entanto, porque Plutão deixou de ser considerado um planeta?
Figura 1: Registro de Plutão feito pela Sonda New Horizons, em 2015.Como dito acima, o local onde Plutão se encontra é repleto de outros objetos, muitos deles com tamanhos comparáveis a de Plutão, e, com o passar do tempo, mais e mais objetos foram sendo descobertos no cinturão de Kuiper. O fato desses objetos orbitarem o Sol e terem um tamanho comparável ao de Plutão levantou o seguinte questionamento: se Plutão é um planeta, porque esses objetos também não o são?
Em 2006, a União Astronômica Internacional (UAI) passou a adotar um novo critério para categorizar os planetas, ou seja, para ser considerado um planeta, o corpo precisa:
I) estar em órbita do Sol;
II) encontrar-se em situação de equilíbrio hidrostático, cuja forma arredondada do planeta deve-se a ação de sua força gravitacional;
III) ser o objeto de dimensão predominante entre todos os objetos que se encontram em órbitas próximas.
Plutão cumpre com os requisitos I e II, mas não o terceiro. Esse novo critério adotado foi o responsável por rebaixar Plutão a categoria de planeta anão, e, como foi exposto acima, sua adoção se deve ao fato de que vários outros corpos celestes foram descobertos na região em que Plutão se encontra, incluindo Sedna, que é o mais distante planeta anão conhecido do sistema solar. Apesar de polêmica, a adoção desses novos critérios tornou-se necessária, pois permitiu uma melhor organização e catalogação dos objetos que permeiam o espaço sideral, uma vez que estabelece de forma inequívoca as diferenças entre planeta, planeta anão, cometa, asteroide, etc. Para mais informações sobre, fica a sugestão de leitura do texto aqui do blog: https://thereasonff.blogspot.com/2021/07/qual-diferenca-entre-cometa-asteroide.html
Links Úteis
- http://www.astro.iag.usp.br/~dinamica/iau-planeta.html
- https://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/pluto.htm
- https://solarsystem.nasa.gov/planets/dwarf-planets/pluto/overview/
Magnífico grande Valdo, como sempre suscinto e esclarecedor.
ResponderExcluirObrigado, meu grande amigo.
ExcluirExcelente explicação!
ResponderExcluirObrigado pelo feedback.
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